sábado, 5 de novembro de 2016

Em terras Jurássicas de Ourém

A penúltima actividade do ano dos Caminheiros Gaspar Correia realizou-se em terras de Ourém. À passagem por Fátima e na estrada de Ourém, claro que me veio à memória o Caminho interrompido, o caminho que, há um ano e meio ... o destino não transformou em Caminho.
Pedreira "do Galinha", em manhã de chuva...
Esta actividade teve como primeiro objectivo o Monumento Natural das Pegadas de Dinossáurio de Ourém-Torres Novas, vulgarmente chamada a Pedreira do Galinha, próximo da localidade de Bairro, concelho de Ourém. Particularmente a manhã foi contudo uma manhã de chuva, que dificultou a logística da visita àqueles trilhos de dinossáurios saurópodes com mais de 175 milhões de anos. Descobertas em 1994, as pegadas da Pedreira do Galinha foram um dos maiores achados do século passado em Portugal.

Na laje calcária onde as pegadas de dinossáurios
se conservaram ao longo de 175 milhões de anos!
Da Pedreira do Galinha dirigimo-nos às proximidades da aldeia de Casal Farto, onde nos esperava uma caminhada por trilhos de azinheiras, sobreiros, carrasqueiro, medronheiro, mas também pinheiros e castanheiros. A grande permeabilidade do calcário determinou que a água constituísse desde sempre um factor limitante à ocupação desta região. As formas de recolha e armazenamento assumem assim, nesta área, tipologias diversificadas, em que a pedra está sempre presente.

Paisagem típica da Serra de Aire, em que o percurso se integra. A pedra é um elemento sempre presente.
Ao longo da caminhada, pudemos ver diversas dessas formas de recolha e armazenamento de água, como cisternas, fornos de cal e muito mais. E ainda há pastorícia: a determinada altura o "trânsito" complicou-se, com um numeroso grupo de "caminheiros" caprinos a cruzar-se com os caminheiros humanos... J.

Caminheiros de várias espécies...
E até houve
apanha de castanha
A tarde melhorou um pouco; por vezes o Sol já brilhava um pouco e o céu tornou-se mais azul. Entre Boleiros e Casal Farto, testemunhámos de novo a passagem de saurópodes nestas paragens, através de uma bem recortada pegada no próprio trilho que seguíamos. A água da chuva reflectia-nos nela.

Cabeças na pata da poça ... ou cabeças
a cavidade para a
na poça da pata, dado que foi a pata que deixou
chuva criar a poça... J
Terminada a caminhada ... esperava-nos um magusto Caminheiro, na Quinta do Casalinho Farto. Um óptimo espaço para eventos, com excelente serviço, a muito bom preço.

Um magusto Caminheiro, a
rematar a caminhada
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